Por que temos espasmos dormindo?  

Você já esteve prestes a adormecer, quando, de repente, seu corpo inteiro deu um solavanco, parecido com uma sensação de susto ao dormir? Esse fenômeno, conhecido como mioclonia do sono, é uma experiência bastante comum e, muitas vezes, intrigante.  Para alguns, esses espasmos são apenas leves desconfortos, mas para outros podem ser motivo de preocupação, especialmente se ocorrerem com frequência. Mas por que temos espasmos dormindo? 

Neste artigo, vamos explicar os espasmos noturnos, suas possíveis causas e se são ou não motivo de preocupação. Também vamos abordar as melhores práticas para evitá-los. Vamos começar?! 

Por que temos espasmos dormindo? 

Os espasmos durante o sono são movimentos musculares involuntários que podem ocorrer quando adormecemos. Geralmente, são benignos e não indicam problemas graves de saúde. A origem dessas contrações não é completamente compreendida, mas pesquisadores sugerem que elas podem estar relacionadas ao processo de relaxamento muscular que acontece logo na fase inicial do sono. 

Quando estamos acordados, nosso cérebro envia sinais constantes aos músculos para mantê-los em estado de leve contração. Durante a transição para o sono, o cérebro começa a pausar esses sinais, resultando no relaxamento muscular. Em algumas pessoas, esse processo pode ser abrupto a ponto de causar o espasmo. Outra teoria é que essas contrações são uma forma do cérebro “checar” se estamos em um ambiente seguro, já que durante o sono ficamos vulneráveis. 

Quem tem espasmos musculares ao dormir?  

Os espasmos na hora de dormir podem afetar pessoas de todas as idades, de crianças a idosos. Esses movimentos involuntários tendem a ser mais frequentes em pessoas que sofrem de ansiedade ou estresse, uma vez que esses estados mentais podem influenciar a atividade neurológica e muscular durante a transição para o sono. 

Os movimentos involuntários durante o sono podem afetar um ou vários grupos musculares e incluem: 

• sacudidas repentinas dos braços, das pernas ou do tronco 
• contrações musculares semelhantes a um choque 
• espasmos que ocorrem em resposta a estímulos externos 

É normal ter espasmos dormindo?  

Na maior parte das vezes, sim. Esses movimentos involuntários são uma resposta natural do corpo e não indicam necessariamente um problema médico. Eles são tão comuns que são considerados parte das experiências normais associadas ao sono.  

Espasmos noturnos são perigosos? 

Geralmente, não. A sensação de tomar susto quando está quase dormindo pode parecer preocupante, mas na maioria dos casos esses movimentos são inofensivos. Não indicam problemas de saúde e não estão associados a nenhum distúrbio do sono. 

No entanto, se você notar que os espasmos estão acontecendo com frequência e afetando sua capacidade de dormir bem, pode ser útil conversar com um médico para uma investigação profunda e verificar se há algo prejudicando o seu sono.   

Quais são as causas?  

As causas exatas da mioclonia do sono ainda são desconhecidas, mas os eventos atingem todas as faixas etárias. Em bebês, as contrações também são sentidas nos braços, nas pernas ou no tronco. Inclusive, é normal recém-nascido ter espasmos dormindo, uma vez que a mioclonia noturna pode se manifestar a partir das seis semanas de vida. 

Embora algumas formas de mioclonia não sejam graves, outras podem ser sintomas de doenças subjacentes. Se houver qualquer desconfiança, procure um médico. 

Em jovens, adultos e idosos, além da própria transição do estado de vigília para o sono, fatores externos podem causar espasmos noturnos na perna e em outras partes do corpo. Veja os principais! 

Estresse e ansiedade 

Existe, sim, relação entre ter espasmos dormindo e ansiedade. Quando estamos muito ansiosos e estressados, a frequência desses movimentos involuntários pode aumentar. O corpo, em estado de alerta, pode ter dificuldade em relaxar completamente, levando às contrações. 

Privação de sono 

Quando não dormimos o suficiente, o corpo fica mais sujeito aos espasmos noturnos. 

Excesso de cafeína 

O consumo excessivo de cafeína, presente em cafés, refrigerantes e chá preto, especialmente antes de dormir, tende a estimular o sistema nervoso e aumentar a probabilidade de espasmos enquanto dorme. 

Atividade física intensa 

Praticar exercícios físicos é ótimo para a saúde, mas fazer treinos de alta intensidade antes de dormir podem deixar os músculos em um estado de excitação, dificultando o relaxamento e, consequentemente, facilitando a ocorrência de espasmos. 

Tem como evitar os espasmos no sono? 

Embora não seja possível eliminar completamente os espasmos musculares nas pernas ao dormir, algumas estratégias podem ajudar a reduzi-los.  

Gerenciamento do estresse  

Praticar atividades que ajudem a reduzir o estresse, como ioga, meditação ou exercícios de respiração antes de dormir, pode diminuir a frequência dos espasmos. Essas práticas atuam aliviando a mente e reduzindo o estresse.  

Rotina de sono 

Tente manter uma rotina de sono regular e evitar atividades estimulantes antes de dormir. Você pode incluir algumas atividades que contribuam para esse momento, como leitura, banho quente ou música tranquila. Ter uma rotina é uma forma de sinalizar para o seu corpo que é hora de relaxar. 

Ambiente confortável 

Um ambiente propício para o relaxamento também contribui para evitar os espasmos. A higiene do sono inclui dormir em um quarto fresco e escuro, em um colchão de qualidade e com travesseiros e roupas de cama confortáveis. Ah, e sem a influência de TVs e celulares! Esse conjunto de práticas auxilia a ter uma noite do sono melhor e a diminuir os espasmos na perna à noite. 

Alimentação balanceada 

Manter uma dieta equilibrada e evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool no final do dia pode ajudar a dormir melhor. Se você costuma beber refrigerantes, energéticos ou café após as 16 horas, considere mudar esse hábito e trocar por uma bebida sem cafeína.  

Depois de entender por que temos espasmos dormindo, as causas e formas de evitá-los, você já sabe que eles são movimentos involuntários comuns e geralmente inofensivos.  Compreender por que eles acontecem e adotar medidas para promover um sono saudável podem ajudar a minimizar esses episódios e garantir uma noite de descanso mais tranquila. 

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