Quando observamos nossos pets dormindo, é comum vê-los mexendo as patas, tremendo ou até emitindo…
Distúrbio do sono: conheça os 6 principais tipos
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros enfrentam problemas relacionados ao sono, como a insônia. O dado é um sinal de alerta para os distúrbios do sono que podem estar impactando sua qualidade de vida, já que ter um bom descanso é importante para o bem-estar físico e mental.
Para isso, é preciso estar atento aos sinais do corpo. Se você tem se sentido cansado ou agitado durante a noite, talvez seja hora de considerar a ajuda de um especialista.
Afinal, você pode fazer parte dessas estatísticas. Aqui, neste conteúdo, vamos compartilhar dicas para você entender se é preciso, realmente, buscar ajuda para ter noites mais tranquilas. Continue a leitura e confira cada uma delas!
O que é distúrbio do sono?
O distúrbio do sono é uma condição que impacta a qualidade e o ritmo do descanso, trazendo efeitos negativos para a saúde e o bem-estar. Pode se manifestar como dificuldades para dormir ou manter o sono (caso da insônia), além de problemas relacionados à sonolência excessiva durante o dia.
Existem também os distúrbios que afetam a estrutura e o ritmo do sono, como a apneia do sono, que altera o ciclo natural de sono-vigília, levando a noites maldormidas. Como consequência, quem sofre com esses problemas pode ter cansaço, irritabilidade, dificuldade de concentração e queda no rendimento.
É importante lembrar que a relação entre sono e saúde mental é fundamental para o bom funcionamento do corpo, tanto na parte física quanto psicológica. Para isso, a quantidade de sono necessária varia de acordo com a idade.
Adolescentes geralmente precisam de mais horas dormindo do que adultos, enquanto crianças e idosos podem ter padrões de sono que incluem cochilos durante o dia.
Se você perceber sinais de distúrbio do sono procure ajuda médica para garantir que seu descanso esteja contribuindo para uma vida saudável. A seguir, saiba como reconhecer que algo está errado com o seu descanso à noite.
6 distúrbios que causam dificuldade para dormir
Muitas pessoas enfrentam desafios na hora de dormir e podem não perceber que estão lidando com distúrbios do sono. Identificar esses problemas é o primeiro passo para encontrar soluções e melhorar sua qualidade de vida.
A seguir, listamos seis distúrbios comuns.
1. Insônia
A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela se caracteriza pela dificuldade em iniciar o sono, manter-se dormindo durante a noite ou pelo despertar precoce, o que resulta em um descanso não reparador.
As causas da insônia são variadas e estão relacionadas ao aumento da atividade cerebral durante a noite. Ansiedade, problemas emocionais ou clínicos e excitação relacionada a eventos específicos podem agravar a condição.
Segundo a ABS (Associação Brasileira do Sono), nos casos crônicos, a condição geralmente persiste por uma média de três anos, afetando entre 56% e 74% dos pacientes ao longo do ano, e permanecendo de forma contínua em 46% dos casos. É mais comum entre as mulheres, possivelmente devido a influências hormonais.
2. Apneia do sono
Outro distúrbio é a apneia do sono, caracterizada por pausas respiratórias enquanto a pessoa dorme. Essas interrupções na respiração ocorrem devido a um bloqueio na passagem de ar para os pulmões, que pode ser causado por uma anatomia diferente ou pelo excesso de gordura na região do pescoço.
Esse bloqueio reduz os níveis de oxigênio e aumenta o gás carbônico no sangue, processo que faz o cérebro despertar a pessoa para que ela volte a respirar.
O diagnóstico é feito por meio da polissonografia, exame que monitora o sono e identifica as pausas respiratórias. O tratamento varia de acordo com a gravidade do caso, mas pode incluir o uso de um dispositivo chamado CPAP, que mantém as vias aéreas abertas durante o descanso. Em casos mais graves, cirurgia pode ser necessária para corrigir a obstrução.
3. Narcolepsia
A narcolepsia, embora possa ser confundida com insônia, é bem diferente. A doença causa uma necessidade incontrolável de dormir durante o dia, mesmo que a pessoa tenha tido uma noite de sono adequada.
Os episódios ocorrem pelo menos três vezes por semana e podem ser acompanhados por cataplexia, uma fraqueza muscular súbita que faz com que a pessoa perca a força nos músculos, o que pode ser confundido com outros problemas de sono.
Esse distúrbio do sono é causado por desordens neurológicas e, embora não tenha cura, os sintomas podem ser controlados com medicamentos específicos. O tratamento ajuda a reduzir a frequência dos ataques e a melhorar a qualidade de vida.
É considerada um distúrbio do sono porque afeta diretamente a capacidade do corpo de regular os ciclos de sono e vigília de maneira adequada.
4. Síndrome das pernas inquietas
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é um distúrbio neurológico que causa um desejo irresistível de mover as pernas, acompanhado por sensações desconfortáveis, como formigamento, espasmos, coceira ou queimação.
A necessidade de movimentar as pernas pode dificultar o início e a manutenção do sono, resultando em noites maldormidas e cansaço durante o dia. A SPI pode variar em intensidade, desde casos leves, que são apenas incômodos, até situações mais graves, que interferem na qualidade de vida.
Embora a causa exata não seja totalmente compreendida, acredita-se que esteja relacionada a fatores genéticos e a um desequilíbrio de dopamina no cérebro, que é um neurotransmissor envolvido no controle dos movimentos.
5. Transtorno do Sono REM
É uma condição em que a pessoa age fisicamente durante o sono na fase REM (Rapid Eye Movement), estágio no qual ocorrem os sonhos mais vívidos. Em uma pessoa saudável, o corpo entra em um estado de paralisia temporária que impede que os movimentos dos sonhos sejam realizados fisicamente.
No entanto, em pessoas com o transtorno, essa paralisia não se dá de forma adequada, fazendo com que executem movimentos involuntários que refletem as ações que estão sonhando, como socos, chutes ou até mesmo falar.
A condição pode levar a noites de sono fragmentado e de baixa qualidade, resultando em cansaço e sonolência diurna.
O tratamento pode envolver o uso de medicamentos que ajudam a regular o sono e a diminuir a intensidade dos comportamentos durante a fase REM, além de criar um ambiente seguro para dormir.
6. Distúrbios circadianos
Distúrbios circadianos são problemas que afetam o ritmo natural do nosso corpo, conhecido como ritmo circadiano, responsável por regular o ciclo de sono e vigília ao longo de 24 horas.
Um dos distúrbios circadianos mais comuns é a dissincronose, popularmente conhecida como jet lag, que ocorre quando viajamos por diferentes fusos horários, o que acaba interferindo no metabolismo.
O jet lag acontece porque o corpo está habituado a um determinado ciclo de luz e escuridão, e a mudança repentina de fuso horário confunde esse ciclo. Pode resultar em dificuldade para dormir à noite, sonolência durante o dia e problemas de concentração.
Como identificar um distúrbio do sono?
O diagnóstico do distúrbio do sono começa com um passo fundamental: o autoconhecimento. É importante que a pessoa observe se os problemas são pontuais, relacionados a situações de estresse ou mudanças temporárias na rotina, que tendem a melhorar com o tempo.
Se forem recorrentes e impactarem o bem-estar diário, é necessário procurar um médico, como um neurologista ou um psiquiatra. Na consulta, o profissional avalia os hábitos de sono, o histórico de saúde e os sintomas apresentados.
Dependendo da avaliação inicial, o médico pode solicitar exames específicos para aprofundar o diagnóstico. Um dos mais comuns é a polissonografia, que monitora várias funções corporais durante o sono, como a atividade cerebral, movimento dos olhos e frequência cardíaca.
O especialista pode também recomendar um diário do sono, no qual o paciente deverá registrar seus padrões de sono, sintomas e fatores que podem estar interferindo na qualidade do descanso, como consumo de cafeína, uso de eletrônicos antes de dormir ou níveis de estresse.
Em alguns casos, poderá ser necessário o uso de medicamentos e suplementos, como melatonina e indutores do sono, que só podem ser adquiridos e utilizados com prescrição e acompanhamento de um médico.
Como melhorar a qualidade do sono?
Com ou sem distúrbio do sono, é preciso adotar medidas para melhorar a qualidade do repouso. Mudanças na rotina podem fazer uma grande diferença.
Para ajudar, listamos abaixo algumas dicas de higiene do sono!
- Consulte um especialista: se você enfrenta dificuldades persistentes para dormir, procurar um médico é o primeiro passo para um diagnóstico adequado.
- Siga as recomendações médicas: use dispositivos, como o CPAP para apneia do sono, ou siga uma rotina de medicamentos conforme indicado pelo seu médico.
- Mantenha um diário do sono: anote seus padrões de sono, atividades do dia e qualquer sintoma para ajudar a identificar fatores que podem estar agravando o distúrbio.
- Cuidado com as refeições antes de dormir: evite refeições pesadas e grandes quantidades de líquido.
- Evite cafeína e álcool: substâncias estimulantes podem piorar problemas de sono, especialmente se consumidas à tarde ou à noite.
- Crie um ambiente seguro: para pessoas com transtorno do sono REM ou outras condições, certifique-se de que o quarto esteja livre de objetos que possam causar ferimentos durante episódios noturnos.
- Tenha um quarto aconchegante: iluminação indireta, boa ventilação, uso de óleos essenciais e de plantas no quarto são algumas das dicas para tornar o seu cantinho mais acolhedor na hora de dormir.
- Adquira roupas de cama confortáveis: ter um bom enxoval contribui para uma melhor qualidade do sono, porque ajuda a manter a temperatura do corpo e proporciona uma sensação agradável ao deitar. Travesseiros adequados também oferecem suporte ao corpo e à cabeça, facilitando o relaxamento muscular e melhorando a postura durante a noite.
- Escolha um colhão de qualidade: um bom colchão oferece o suporte adequado para o corpo ao distribuir o peso de forma equilibrada e manter a coluna alinhada.
- Pratique técnicas de relaxamento: meditação, respiração profunda e técnicas de relaxamento muscular ajudam a reduzir o estresse e melhoram a qualidade do sono.
- Exercite-se regularmente: a prática de exercícios físicos ajuda a melhorar o sono, mas evite atividades intensas próximas à hora de deitar.
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